Luz no fim do túnel

E a vida volta a ter prazer... Tá, estou exagerando! Mas os últimos meses foram bem complicados.
Rapidamente: a empregada ficou doente numa Terça, no domingo me informou que não sabia quando voltaria, na quarta me falou que não voltaria mais. Quando se estabelece uma rotina para muda-la pode servem complicado, e essa foi. A limpeza estava acumulada, eu estava fora do ritmo de organização e com os três pequenos aprontando sem parar em casa. Liguei algumas vezes, chorando, para meu marido, pedindo para ele vir para casa para me ajudar, que eu não estava conseguindo. E ai para piorar, na primeira semana fiquei com o pescoço travado e na segunda semana tive uma pneumonia. Parece até brincadeira! E ai na terceira o Victor teve broncopneumonia, e na quarta fomos denunciados no conselho tutelar porque recusamos a internação do Victor e saímos do hospital sem alta.
Mas ai eu consegui pegar o ritmo de arrumar a casa, cuidar das criancas e cozinhar. Só que cansou e eu fugi para Bahia por alguns dias. Voltei aliviada e nesse meio tempo surgiram duas pessoas para me ajudar em casa, e, novamente, vejo luz no fim do túnel!!
É muito mais fácil dar a atenção que meus filhos merecem tendo ajuda para fazer as coisas da casa!! As criancas estão mais carinhosas, menos birrentas e a mamãe mais atenta e feliz!

Eu ia fazer um bolo...

Algumas tardes me dá vontade de comer um bolinho daqueles bem caseiros, que me lembram a minha infância (apesar que estes eram sempre aqueles bolos de caixa). Nesses dias eu costumo preparar o bolo do zero. E ai que hoje eu decidi que ia fazer. Com poucas opções de recheio, porque hoje é dia de compras, eu fui ver o que tinha de ingredientes. Ainda tinha ovos, ufa, deixei separado e fui procurar uma receita.
Enquanto procurava a receita percebi o Victor saindo do quarto, mas pensei que não havia nenhum dano que ele pudesse causar e deixei. Após 10 minutos achei a receita perfeita e fui até a cozinha. E lá estava Victor, com a caixa de ovos, sentado no chão, se deliciando com as cascas quebradas. Resultado: nada de bolo da tarde para mim.

As loucuras que acontecem

Tem coisa que acontece em casa que parece saído de filme!
Hoje o Oliver estava sentado comendo melancia com um garfo de criança, ele resolveu sair da mesa com o garfo na boca, errou a saída, caiu, o garfo entrou na gengiva e lá ficou uns segundos, eu estava próxima e assisti a cena em horror. Eu estou traumatizada (hahhahahah), já ele chorou menos de um minuto, tomou um gole de água e voltou a pegar o garfo e e comer. Mais uns segundos e foi de novo sair com o garfo na mão, que eu, obviamente, não permiti e ele ficou bravo.

Quando pode ou não pode? E quando "desobedece"?

Dar liberdade para aprender na pratica requer um grande auto controle por parte dos adultos. A minha dificuldade, muitas vezes, está em definir se algo deveria ser proibido ou não. Eu entendo que muitas coisas vão do limite da casa (e dos pais), só que tem coisa que eu fico na duvida como agir.
Um exemplo, na hora de comer as crianças sentam-se à mesa, aos poucos já permito que se sirvam, tirei o Oliver da cadeirinha e ele se senta conosco. Hoje, como em muitos outros dias, o Victor decidiu fazer música com os talheres e começou a bate-los com força na mesa. O Oliver , ao ver o irmão fazer isso, começou a fazer igual. Eu falei "A gente não bate os talheres na mesa quando está comendo." Fui totalmente ignorada. Quando repeti recebi um "não" do Victor, falei pela terceira vez e ele pegou os talheres e jogou no chão.
E aí? Ele parou o batuque, mas depois de muito insistir e no fim jogou os talheres no chão. Agora escrevendo percebi que houve êxito, mas as vezes não há e eu acabo removendo os talheres fisicamente aos berros dele. Ai fico pensando que estou sendo grosseira com ele e não sei se estou indo pelo caminho certo.&&$'
Com a mais velha o negocio piora. Ela diz que não vai fazer ou vai continuar fazendo e o que me resta é apelar para o castigo. Eu peço, faça silencio, você vai acordar seus irmão; ela começa a se debater, gritar, chorar e falar alto, resultado? Os irmãos acordam. E ai?? Nao há nenhum tipo de consequência pelo comportamento?? Esses momentos são muito difíceis. As vezes ela quer só atenção, mas eu não tenho como dar naquele segundo, peço para ela esperar, mas ela não sabe esperar e fica fazendo barulho. O irmão nao dorme, começa a chorar, e eu demoro mais para atender o pedido dela.

Criação com Apego - Attachment Parenting

Quando engravidei da minha primeira filha eu só sabia uma coisa, queria ter parto normal. Morava em São Paulo há pouco tempo, então não sabia onde começar para encontrar um médico que fizesse parto normal. Com algumas semanas encontrei o GAMA e me encantei. Entrei para a lista de discussão do GAMA, criado e moderado pela parteira Ana Cristina Duarte, e o meu mundo se abriu. Lá tive a oportunidade de conhecer coisas das quais nunca havia ouvido falar. Dentre estas, a criação com apego, muito bem explicada por uma mulher que eu guardo no meu coração, pois seus emails mudaram a minha vida. Ainda me lembro de ver uma reportagem de uma mãe que amamentava suas duas filhas, não lembro a idade da mais velha, só me lembro que ela mamava deitada em um sofá de dois lugares, a mãe sentada em um canto. Isso me chocou, eu pensei que só amamentaria até 1 ano, e olha lá!
Eu vi muita coisa sobre cama compartilhada, não deixar chorar, mamar em livre demanda, o uso de slings e wraps e muitos outros detalhes que fazem toda a diferença. Insisti que precisava de um berço, não sabia ainda se eu iria querer a minha filha dormindo na cama comigo, comprei o berço, NUNCA usei, virou deposito de roupas. Era tão fácil dormir com a minha bebezinha ao meu lado. Eu não tinha que levantar para dar de mamar, podia fazer deitada e ter um pouco mais de descanso, e ela ficava feliz no calorzinho da mamãe. Comecei a ler a respeito e descobri muitos benefícios nisso, e até hoje mantemos a cama compartilhada, meu marido, eu e as três crianças. Eles tem o quarto deles para irem quando quiserem, mas nada é forçado, a mais velha já foi, ficou uma semana e pediu para voltar.
Amamentei a mais velha em livre demanda até ela decidir parar, com uns 3 anos. Amamentei grávida do segundo filho, amamentei-a depois que o segundo nasceu. Amamento direto há 5 anos! Não penso em quando vai parar, vai parar quando for bom para mim e para o meu pequeno.
Eu sempre tentei fazer o que meu coração mandava, seguir os instintos, aquela força que vem lá do peito, com uma necessidade de fazer ou não algo. E esses instintos não me permitiam deixar meus filhos chorando, me dava uma angustia muito grande.
A cada dia eu descubro algo novo que me ajuda a respeitar os meus filhos e criar pessoas mais felizes. A educação ativa veio para me ensinar o que é amor incondicional. Eu ouvia as pessoas dizerem que o amor por nossos filhos era incondicional, então porque eu ficava brava com meus filhos quando eles não supriam as minhas expectativas, quando não se comportavam como eu gostaria? Aprendi que amor incondicional não age em cima de expectativas, que não sou dona dos meus filhos, que não tenho direito de mandar nas vontades deles, de desrespeitar e ignorar essas vontades e desejos. Exercito isso todos os dias e fico muito feliz em sentir esse amor verdadeiramente incondicional.
Só entende a criação com apego quem pratica e só pratica quem dá uma oportunidade para conhecer algo diferente do que a sociedade estabeleceu como norma de criação para filhos.

Um passo de cada Vez

Já tem alguns dias que estou pensando nesse post. Eu fiz uma viagem que já tinha agendado há alguns meses. Foram só 5 noites, a primeira viagem sem filhos desde que tive a primeira filha - 5 anos. E o caos se instalou. A rotina das crianças mudou completamente, o quarto que eu tinha arrumado está de pernas para o ar e as coisas que eu tinha arrumado para dar início à educação ativa foram por água abaixo.
E eu cheguei e me vi tomada por uma ansiedade que me doía o peito, me tirava o ar. E fui tentando colocar a casa nos eixos para começar do zero. Junto com isso eu tinha ligações para fazer, questões para resolver e a casa para organizar (parte pratica de roupas, comida, limpeza), que a empregada não deu conta de manter. E ainda tinha o curso que ia me tirar do ritmo por três dias inteiros!
Acordava de manhã já com falta de ar (ainda acordo), e ficava pensando por onde começar, comecei pelo que tinha prazo. Só que como o ambiente preparado das criancas estava "despreparado" eu me via a cada minuto lidando com crianças chorando, brigando, insatisfeitas. Apelei e a minha solução para esses dias atribulados tem sido a televisão. Isso dói em mim, mas foi o jeito que encontrei para terminar o que tinha prazo. Dai que na segunda eu senti um alívio e me veio um pensamento "Um passo de cada vez". E é isso que tem me ajudado a controlar a ansiedade de ver as coisas acontecendo na prática. Devagar, uma coisa por vez, as coisas vão entrar nos eixos, mas se eu ficar situando e, tentar fazer tudo de vez, nada vai sair como esperado.
Então é isso, UM PASSO DE CADA VEZ!

Educação Ativa e A Família

A maioria de nós que iniciamos o processo de educação ativa nos deparamos com a questão de como lidar com os familiares. Essa semana estou passando por isso intensamente. Meu marido e eu vamos fazer a nossa primeira viagem sem filhos, desde que nos conhecemos. Eu nunca viajei sem eles e tenho trabalhado muito a minha ansiedade nas últimas semanas. A única pessoa que eu confio para ficar com eles é a minha sogra, que já teve bastante contato com eles, especialmente no fim do ano quando eu quebrei o pé e não conseguia cuidar das crianças sem ajuda. É claro que, como qualquer mulher que já teve filhos, ela tem os conceitos de criação dela muito bem formados e se torna difícil pedir que faça algo diferente do que sempre fez.
Decidi que não iria fazer pedidos muito difíceis antes da viagem, fiz uma lista com as recomendações básicas e estou contendo a minha ansiedade em pedi-la para fazer as coisas com amor, respeito e afeto, resumi o pedido a afeto, que é algo fácil de explicar. Também estou praticando sempre que estou em casa para que ela veja.
Passo o dia respirando fundo e pensando em como falar as coisas da forma mais delicada possível.
Mas surge a dúvida, aceitamos que seja feito diferente porque estamos aceitando ajuda ou aceitamos ajuda apenas se for feito do jeito que gostariamos?

Preparação do ambiente - quarto das crianças

Comecei a separar os brinquedos que ficariam dos que sairiam no começo da semana e só consegui terminar hoje!
Ainda assim, acho que acabarei fazendo mais cortes. Escolhi os brinquedos que eles mais brincavam e que se adequassem a fase psico motriz afetiva na qual eles se encontram. Alguns brinquedos eu deixei para não tirar tudo de vez, e outros eu deixei por não ter certeza se deveria tirar.
Os livros eu fiz uma seleção, ficaram os com mais imagens que escrita e os outros todos foram para duas caixas (sim, consegui encher duas caixas com livros que ficavam no quarto.
Olhem como ficou:




Bonecas de todos os tipos. Esse eu acho que vou reduzir a quantidade, mas não sei como escolher quais ficam.

Caixa com os brinquedos que tirei do quarto.

A estante do quarto. Uma caixa plástica tem Lego, a outra tem bolinhas, em cima das caixas são mais dois tipos de brinquedos de encaixe. Do lado das caixas plásticas tem um cestinho com telefones e outros brinquedos, atrás um brinquedo de colocar bolinhas e ao lado desse um saco com as coisinhas de cozinha e um fogãozinho. 

Onde ficavam as gavetas os carrinhos, em cima alguns bonequinhos, barbies e personagens de desenhos. Atrás à esquerda tem uma caixa que tem uns tecidos e uma bonequinha para marcar. Os vasinhos na frente eu deixei porque eles gostam de ficar encaixando.

Livros Selecionados. Abaixo os de fácil acesso, os mais em cima um pouco mais difíceis de pegar porque são mais delicados. Não sei se eu deixo estes mais acessíveis também, já que a mais velha tem condições de pegar os brinquedos.

A estante.

Tem duas maletinhas na esquerda, uma com coisinhas de beleza (escovas, oculos divertidos, pentes, presilhas), dois brinquedinhos com barulho, um de bater as bolinhas, o outro de apertar botões, ao lado o conjunto de panelinhas, que tocava musica, quebraram e agora serve para eles encaixarem e brincarem de cozinha. Ai tem mais um brinquedo de martelo, um trenzinho de madeira e os outros dois de madeira, que eu acho que só precisaria de um, mas ainda não tenho certeza, então deixei.

Victor e os ataques Matutinos

As vezes o Victor acorda bem cedo e sai silenciosamente da cama. O alvo dele costuma ser o nosso banheiro. Ele entra e começa a mexer em tudo que vê pela frente até achar um item que faça estrago.
Alguns dias atrás foi um pote de pomada de calendula, espalhado criativamente por todo espelho. Depois um tubo de pasta de dente, também formando desenhos no espelho, com marquinhas de suas mãozinhas.
Hoje foi a minha maquiagem, mais especificamente um batom, com o qual ele pintou o espelho.

Mentira?

Esse post vai para a Margarita! Durante o curso ela comentou que criança não mente, ela cria uma situação que para ela se torna verdadeira, mesmo que não seja.
Ontem eu guardei um iPod no armário da sala e em um momento da noite precisei e pedi para meu marido pegar. Eu tinha certeza que tinha guardado lá, só que o Horacio não encontrou e voltou. Eu então fui procurar, e não estava lá. Fiquei pensando o quão esquecida estava ficando e como as minhas noites mal dormidas afetavam minha memória e que eu precisava voltar a dormir, talvez desmamar e por ai vai!
Ainda considerei que uma das criancas poderiam ter pego, mas Victor, que tinha acordado, disse que não pegou e a Bia estava dormindo.
Hoje de manhã perguntei para a Bia se ela tinha pegado. Ela fez aquela ara de quem sabe que fez algo que não devia, eu falei que não tinha problema se ela pegou, mas que eu precisava saber onde estava. Ela respondeu que o Victor tinha pegado. Perguntei se ela sabia onde ele tinha colocado e ela falou que não.
Sai do ambiente e depois de uns minutos voltei e ela falou que não havia contado o que aconteceu. Perguntei do que ela falava, porque eu já nem pensava mais no iPod. Ela então falou que tinha falado errado, que ela tinha pego o iPod. Perguntei onde estava e ela falou que estava atrás das almofadas do sofá.
Fiquei pensando na Margarita e na mentira, respirei fundo e ignorei a "mentira" e só pedi para ela não fazer novamente porque ontem nós precisamos do iPod e não encontramos porque ela havia escondido.
Ficou por isso, mas eu fiquei aqui encanada.

Resolução de Brigas e Choro

Meus filhos estão acostumados a me chamar quando estão brigando, acho que talvez, por isso, esteja sendo mais difícil aplicar a educação ativa. A idéia é deixar eles chegarem a uma solução entre eles, mas eles já me chamam ou então ficam lá berrando sentados. Quando vem o choro não há verbalização do ocorrido e eu fico em dúvida se eu pontuo o que se passou ou se fico lá olhando para cara deles, ou até se eu resolvo o problema.
O choro, ai o choro, tem dias, como hoje, que ele me tira do sério. Eu tenho tentado me controlar, respiro bem fundo, saio de perto um pouco e volto com todo amor do mundo perguntar o que há. Victor e Oliver param de chorar mais rápido e não choram por qualquer coisa, mas a Bia é de querer matar, tenho vontade de colocar um esparadrapo na boca dela! Hoje foi ridiculo. Diversas vezes ela chorou, daquele choro de abrir a boca bem grande e ficar AHHHHHHHH, sem um tico de lágrima saindo. O engraçado é que eu não tenho vontade nenhuma de acolhe-la nesse momento, então me forço a fazer o contrário do que gostaria. E ai fico pensando no quanto nós adultos fazemos isso, ficamos fazendo birra, de cara feia, mal humorados, tudo na esperança (geralmente inconsciente) de que o adulto próximo nos acolha e isso só repele esse adulto. Ai que complicado! Por que não dá para todo mundo se amar e ponto?

O Desfralde Noturno da Bia

Há aproximadamente uma semana a Bia decidiu que não quer dormir com fralda. Quando ela pediu eu concordei e a lembrei que ela deveria fazer xixi no banheiro. Desde então as minhas madrugadas são bem difíceis. Não tem nenhuma noite que ela não faça xixi na cama, eu já deixo o lençol e troca de roupa separado para não ter que sair do quarto, mas as vezes ela consegue fazer xixi duas vezes. Uma noite ela não fez, mas ela acordou a primeira vez e pediu para ir ao banheiro e na segunda eu acordei e a levei ao banheiro. Fica a dúvida, será que eu tenho que acorda-la para ir ao banheiro ou a meta é aprender a segurar o xixi a noite inteira?
Hoje eu volto a colocar fralda nela porque o Oliver tá com dente nascendo e eu já mal durmo, acordando duas a três vezes por noite, não durmo mesmo! Tenho acordado com dor nas costas, pescoço travado e dor de ouvido/garganta.

Registro 24 e 25/04

A rotina aqui voltou a ser quase a mesma, eu estou com tanta coisa acumulada para fazer que não consegui preparar o ambiente para as crianças.
Tem surgido muitas dúvidas sobre como lidar com a frustração do Victor. Quando ele não consegue fazer algo ele pega e joga as coisas que está na mão no chão, se joga no chão e começa a gritar. Eu chego perto e pergunto o que foi, as vezes ele para e volta a fazer o que estava fazendo, outras vezes ele continua gritando e jogando as coisas no chão.
Outra coisa que eu não consegui decidi o que fazer é quando algum deles quebra uma regra estabelecida. Especialmente a Bia, por ser a mais velha, e já entender o que eu falo.
Já tem dois dias que acordo com muita dor no pescoço, sem conseguir mexer direito, e além disso, o Oliver tem dente vindo por aí e não desgruda do peito, durante o dia e a noite. E ainda tem a Bia que decidiu dormir sem fralda, e ai ela acorda e me chama para acompanha-la até o banheiro ou então para avisar que já fez xixi na cama, e eu tenho que trocar ela e trocar a cama.
Hoje consegui comprar caixas e vou guardar nelas os brinquedos que tirarei do quarto.
E vamos lá!

Educação ativa - registro 23/04

Hoje o dia começou como todos os outros, mas eu comecei diferente, com um olhar diferente e um desafio novo.
Arrumei a Bia para escola, vesti a roupinha dela, coisa que nao fazia mais, só que houve um pedido dela para que eu o fizesse.
Fui tomar café da manha, mas os meninos nao queriam ficar sentados comendo, e eu fiquei tentando falseie tinha que comer na mesa, se nao quisesse tinha que deixar a comida lá. Desisti. O Vic já corria com o pao na mão.
Tomei café pensando como iria dar atenção para as criancas e resolver todas as coisas que tinham para ser resolvidas. Logo percebi que o quarto nao estava mesmo preparado porque nenhum dos dois queriam ficar lá.
Fiz umas rápidas ligações, resolvi a coisa importante que tinha que ser feita naquela hora e fui para o quarto de brincar, com os brinquedos jogados para todo lado e pensei em colocar tudo de volta como estava.
Comecei a fazer isso e ao pegar alguns brinquedos sentia raiva e vontade de jogar fora e vi que nao daria para colocar como estava antes. Selecionei alguns brinquedos só para aquele momento, pois não tenho caixa para guardar os que não ficam. No meio disso uma briga entre Oliver e Victor, Oliver pegou o brinquedo que o Victor estava e ele começou a chorar, eu fui tentar mediar, mas ainda tá bem dificil saber o que fazer.
Tive que voltar para sala para fazer algumas ligações e os dois logo vieram atrás de mim. Ficaram falando comigo, brincando sozinhos, um com o outro, gritando e as vezes chorando, e eu tentando falar ao telefone. Quando achei que as ligações tinham acabado uma pessoa que eu precisava muito falar me ligou. Nesse momento o Victor começou a berrar e eu tentando falar com a pessoa, pedindo para ele esperar, pedindo silencio e correndo de um lado da casa para o outro, tentando sair de perto dele para poder ouvir a outra pessoa. Acabei entrando no escritorio e fechando a porta até terminar a ligação. Voltei ao quarto de brincar com eles e fiquei mais um pouco com eles. Percebi que Oliver estava com sono, o Vic pediu a massinha de modelar, que eu geralmente deixo no alto, eu dei (detalhe: a massinha fica dentro de um pote e eu fui abrir e ele falou "nao! eu pego") e fui levar o Oliver para dormir.
O quarto continua sem estar adaptado e o dia está chegando ao fim.
Na hora da soneca a Bia disse que não queria dormir, Oliver tinha acabado de acordar, Victor parecia estar com sono, deitou e ficou chupando o dedo, mas não dormia. Coloquei ele no meu colo e ele acabou dormindo, mas a Bia pediu para ir no quarto de brincar, eu deixei e quando cheguei lá ela estava dormindo.
A hora de dormir foi um desafio, as crianças começaram a ficar agitadas, ai eu consegui a acalmar todos e quando estava todo mundo deitado a Bia decidiu que queria fazer cocô. Ela foi no banheiro e todo mundo ficou agitado e eu acabei chamando o Horácio para ajudar a coloca-los na cama.

Educação Ativa - Preparando o Ambiente

Como no sábado passado eu recebi o grupo do curso em casa, eu tirei todos os brinquedos do quarto.
Nesse dia falamos sobre ambientes preparados e eu fiquei pensando o que colocaria de volta no quarto. Nas fotos estão as coisas que eu havia tirado do quarto e coloquei de volta, mas não nas prateleiras, algumas coisas que estão em caixas e uma foto que eu tirei algumas semanas atras em um dia que a bagunça estava muito grande e eu tentava criar coragem para arrumar. Agora faço a escolha do que fica e o que vai e para onde vai.

O quartinho de brincar como está hoje

Um dia de caos no quartinho de brincar

Caixas com os livros e DVDs infantis + Sacos cheios de bichinhos de pelúcia que estavam dentro do quarto e agora estão no escritório.

O quarto como está hoje

EDUCAÇÃO ATIVA

Depois de dois modulos intensos sobre educação ativa eu começo a colocar mesmo na prática o que aprendi. Aqui vou postar o que modifiquei, os desafios, as estrategias usadas e um registro de tudo que me pareça relevante.
Aos poucos vou contando um pouco sobre educação ativa também.

Victor e o desfralde

Tem alguns dias que o Victor pede para não colocar a fralda, eu tenho deixado por algumas horas e vou perguntando se ele quer fazer xixi. Ele responde que não todas as vezes e alguma hora ele faz e avisa que fez e onde fez. Eu falo que tudo bem e peço para ele me avisar na proxima vez para a gente ir no banheiro fazer. Aí que hoje ele fala mamãe, fiz xixi no banheiro. eu levanto para ver e ao chegar ele aponta para o chão na porta do banheiro e fala "Fiz xixi no banheiro", não dá para reclamar, né?

Bolinhas de Isopor

Pois ontem o Victor descobriu que o pufe que fica no quarto deles tem um ziper e decidiu abrir para ver o que tinha dentro. Voou isopor para todo lado na sala (o pufe estava na sala para o Oliver se sentar em frente a tv), eu catei o que deu, mas tava difícil, logo os três estavam brincando com as bolinhas, jogando tudo para cima e o Oliver comendo algumas.
Hoje de manhâ saíram algumas bolinhas no coco do Oliver! Estava lavando os potes de guardar leite e percebi que o Vic havia sumido, sai procurando, olhei nos quartos, nos banheiros e no escritorio, a Dona Cida foi olhar na sala, e lá encontrou o Victor embaixo do piano, com o pufe aberto e metade do isopor no colo dele. Fora as mil bolinhas para todo lado. Agora tenho que esconder os pufes dentro do escritório e pensar em uma solução.
Ah, o Oliver agora fica escalando tudo e doido para mexer nos aparelhos de tv, se ficar alguma coisa perto do móvel, que ele possa subir, ele já sobe e começa a apertar os botões! E fica zangado quando tiramos ele. Um fofo!

Café na Cama!

Pois ontem, segunda feira, empregada falta, sogra que está por aqui teve que sair e fiquei eu com as crianças, arrumando casa, almoço, louça..Estava tudo indo muito bem, a Bia prestes a chegar da escola, a comida já quase pronta. Entra o Victor na cozinha, eu o vi entrar e pegar algo no armário e sair, só que a comida ia queimar se eu fosse atrás naquele momento. Terminei rapidinho e fui atrás dele, tarde demais, o que ele pegou foi um saco de pó de café cheinho e jogou todo em cima da cama! Quando entrei no quarto ele estava sentado na cama e jogando o pó para cima de dando risada, achando o máximo! Óbvio que sabia também que eu não ia gostar. Fui atender a porta, a Silvana tinha chegado para ajudar porque eu tinha que levar a Bia na pediatra. Quando voltamos o Oliver também já estava em cima da cama se divertindo com o pó. Peguei o Victor e coloquei dentro da banheira, dei uma sacudida no Oliver e partimos para arrumar o quarto. No fim foi uma correria, mas eu consegui deixar tudo arrumadinho, almoçar e levar a Bia com um pequeno atraso de 10 minutos.
Ah, ontem apareceu também o 5o dentinho do Oliver, embaixo, do lado esquerdo.

Aqueles dias

Tem dias que eu conto os minutos para chegar ao fim e as crianças dormirem! Hoje foi um deles...
Acordar com enxaqueca depois de uma noite mal dormida, lidar com uma criança de 2 anos que não para de chorar e fazer escandalo para tudo. Grita se não consegue encaixar uma peça, grita se não está satisfeito com a brincadeira, se a comida não está à gosto e por ai vai! O bebê que não para de mamar e fica puxando a roupa da mamãe para pegar o peito. A mais velha que chora sempre que não consegue o que quer. E assim o dia foi passando, a mamãe aqui sem conseguir fazer nada direito por causa da enxaqueca e as crianças em surto. E o dia foi terminando e eu fui fazer ligações que tinham ficado para o fim da tarde, a empregada vem avisar que vai se arrumar, eu saio do quarto e verifico se a porta da fechada está fechada, mas esqueço da geladeira que está na cozinha. Volto ao quarto e depois de uns 5 minutos sem ouvir barulhos entra a empregada falando que os meninos estão na sala, abriram a geladeira e jogaram a dúzia de ovos no chão da sala. Corro para ver e eles estão brincando nas claras e gemas espalhadas. E vai todo mundo para o banho e limpar a bagunça que ficou, e a casa agora fede a ovo. Pena que não deu para tirar uma foto...
E a conversa engraçada do dia:
"mamãe, posso levar esse vestido para o acampamento amanha?"
"Pode, filha."
"Posso levar esse sapato?"
"Pode, filha"
"Vou levar o tenis também tá?"
"Precisa de tudo isso?"
"Não é tudo mãe, são só dois sapatos!"

Mulheres, mulheres...

Apresentação!

Eu já tive um blog, um blog que eu colocava curiosidades, informações e contava histórias maternas. Por força maior acabei apagando o blog e minhas histórias ficaram somente para os amigos em conversas descontraídas de domingo! Pois agora decidi voltar a contar as histórias novamente, serão uma forma de diário para meus filhos verem posteriormente!
Eu sou mãe em tempo integral e com muita paixão! Três filhos, Beatriz de 4 anos, Victor de 2 anos e Oliver de 1 ano. Mãe "xiita" que não deixa os filhos comerem açucar, beber refrigerante, comer industrializados. Faço cama compartilhada, amamentação prolongada, parto domiciliar, educação alternativa e por ai vai, pacote completo!