Meus filhos estão acostumados a me chamar quando estão brigando, acho que talvez, por isso, esteja sendo mais difícil aplicar a educação ativa. A idéia é deixar eles chegarem a uma solução entre eles, mas eles já me chamam ou então ficam lá berrando sentados. Quando vem o choro não há verbalização do ocorrido e eu fico em dúvida se eu pontuo o que se passou ou se fico lá olhando para cara deles, ou até se eu resolvo o problema.
O choro, ai o choro, tem dias, como hoje, que ele me tira do sério. Eu tenho tentado me controlar, respiro bem fundo, saio de perto um pouco e volto com todo amor do mundo perguntar o que há. Victor e Oliver param de chorar mais rápido e não choram por qualquer coisa, mas a Bia é de querer matar, tenho vontade de colocar um esparadrapo na boca dela! Hoje foi ridiculo. Diversas vezes ela chorou, daquele choro de abrir a boca bem grande e ficar AHHHHHHHH, sem um tico de lágrima saindo. O engraçado é que eu não tenho vontade nenhuma de acolhe-la nesse momento, então me forço a fazer o contrário do que gostaria. E ai fico pensando no quanto nós adultos fazemos isso, ficamos fazendo birra, de cara feia, mal humorados, tudo na esperança (geralmente inconsciente) de que o adulto próximo nos acolha e isso só repele esse adulto. Ai que complicado! Por que não dá para todo mundo se amar e ponto?
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